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Uma semana de aventuras em uma viagem de bike

Uma semana de aventuras em uma viagem de bike
Uma semana de aventuras em uma viagem de bike

Uma semana de aventuras em uma viagem de bike – Mogi das Cruzes – Aparecida do Norte – Mogi das Cruzes – 470 Km

Gostaria de inicialmente reforçar alguns pontos muito importantes para esse tipo de aventura:

– Faça uma boa revisão na sua bicicleta (principalmente nos freios).

– Leve sempre ferramentas, câmara de reserva, jogo de pastilhas de freios e uma gancheira reserva.

– No grupo é muito importante que tenha alguém que saiba um pouco de mecânica de bicicleta.

– Planejar muito bem o que levar de comida e hidratação, além de parar a cada hora para comer e hidratar (planejar o almoço direitinho para não faltar energia e não passar mal), ter gel de palatinose ou carboidrato para emergência – caso alguém precise de energia.

– Planejar sua bagagem de acordo com a previsão do tempo para não levar excesso de peso. Aqui vale a máxima: “menos é mais”. Procure levar roupas de secagem rápida, pois elas serão lavadas nas pousadas ou por você mesmo ou pela pousada.

Vamos ao passeio! Os participantes foram José Arnaldo Mota, Hilton Nakano, Ricardo Blanco e Luiz Bitencourt.

Primeiro dia: De Mogi das Cruzes até Paraibuna

Nosso programa original era sair de Mogi das Cruzes às 7h de domingo, mas devido às chuvas, decidimos em comum acordo dormir no hotel Marbor no domingo, já em Mogi, para sair às 7h da segunda-feira, aproveitando melhor o primeiro dia de pedalada mais descansados.

Assim o fizemos, tomando uma garoa bem fina no início do trajeto, mas logo o tempo melhorou e ficou bem agradável. A primeira parada foi em Luís Carlos, um distrito de Guararema, para tirar algumas fotos, hidratar e comer alguns alimentos bem leves. Um detalhe é que Luís Carlos é um local turístico e não há comércio aberto em dias de semana, exceto feriados.

Prosseguimos para Guararema e a primeira escalada já deu as caras: subida do Zecão (kkk). Como ainda era início, subimos tranquilamente e fomos conversando e brincando até chegar em Paraibuna, onde fomos super bem recebidos na pousada RM Lazer. A dona Rosália nos recebeu muito bem, já nos oferecendo um suco de cambuci e de goiaba e perguntando sobre nossas aventuras e sobre nosso destino.

Tomamos um banho, jantamos na pousada com a refeição feita no fogão a lenha e depois fomos dar uma volta pela cidade. A única coisa que vimos foi o discurso na câmara dos vereadores (eles deixam uma caixa de som enorme para fora para que todos possam ouvir o que está sendo discutido lá dentro). Terminando nosso passeio e alimentação, voltamos para a pousada dormir e nos preparar para o dia seguinte.

A dona Rosália nos ofereceu um serviço de lavagem de roupas a R$30,00 para lavagem das roupas sujas dos quatro ciclistas. Apesar do tempo frio e úmido, a maior parte da roupa estava sequinha no dia seguinte para prosseguirmos nossa aventura. 

Segundo dia: De Paraibuna até Natividade da Serra

Tomamos café e seguimos para São Luiz do Paraitinga (pelo menos era o objetivo inicial). No caminho atravessamos a represa em duas regiões com duas balsas, mas o caminho estava bem pesado devido às chuvas de dois dias atrás, além do peso da bagagem, do cansaço do primeiro dia e do acúmulo de subidas. Muita lama e dificuldade nas subidas e descidas, além de um raio de bicicleta quebrado, o que nos forçou a procurar uma bicicletaria em Natividade da Serra, que fica na metade do caminho para São Luiz do Paraitinga.

Depois de algumas horas pedalando, Hilton deu a sugestão de dormir em Natividade da Serra e, claro, todos aceitamos a sugestão. Enquanto esperávamos a segunda balsa, procuramos pousadas e achamos a pousada KAÉ. Quando chegamos, fomos, da mesma forma, muito bem recebidos. Nos hospedamos e realizamos aquele ritual de sempre: banho, limpeza rápida nas bikes, desfazer parte das malas para refazer tudo de novo.

Fomos comer alguma coisa em uma padaria bem próxima à pousada. Depois, descansamos um pouco para conhecer a cidade à noite. Paramos em uma lanchonete e comemos pizza (aliás, pizza foi o que não faltou nesse rolê, kkkk). Voltamos para dormir e continuar nossa jornada. Partiu São Luiz do Paraitinga!

Terceiro dia: De  Natividade da Serra até São Luiz do Paraitinga

Neste dia seriam apenas 37km. Moleza, né? Já no começo, essa ideia mudou completamente: pensa num trajeto complicado, meio que uma “mini luminosa”. O terreno ainda estava molhado nas partes que não batiam sol e as inclinações chegavam a 24%. Insano! Foi o dia que mais empurrei a bike, kkkk.

Meus colegas galáticos conseguiram subir um bom pedaço pedalando e parando em alguns platôs para tomar ar e baixar a frequência cardíaca. O Ricardo Blanco não conta. Esse ser é de outro planeta: subiu tudo (não posso falar palavrão, né? kkkk). Parabéns, Ricardo, você é monstro!

Com 28km já tínhamos subido acho que uns 1200 de altimetria. Em seguida, pegamos duas descidas extremamente complicadas (descidas nesse nível, tem que ter muito cuidado e estar com os freios em dia, tanto que o Hilton trocou as pastilhas da bike do Ricardo antes dessas descidas, por precaução). Depois disso, praticamente não teve mais subidas.

Mas, pra mim, esse foi o pior dia. Foi o dia que sofri mais. Obrigado, Hilton, pela parada não programada, mas muito necessária. Não conseguiríamos se fossemos direto.

Chegamos em São Luiz de Paraitinga e fomos direto para a pousada. Como sempre, galera muito legal. Ritual de sempre. E fomos conhecer a cidade, muito linda, por sinal, e um povo muito acolhedor. Fomos tomar um sorvete onde conhecemos um garoto bem legal que nos deu dicas de como seria nosso trajeto dos dias seguintes. As dicas nos assustaram muito, kkkk. Ele logo foi falando das subidas antes de chegar em Lagoinha.

Fomos descansar um pouco na pousada para mais tarde dar mais uma volta e jantar. Fomos num restaurante chamado Amigos… e adivinha o que jantamos? Rsrs. Sim, pizza!! Depois, dormir para dar sequência na aventura no dia seguinte.

Quarto dia: De São Luiz do Paraitinga até Cunha

Partimos para Cunha, para variar, seria um dia com muitas subidas. Meu corpo, apesar de todos os cuidados com hidratação, alimentação e não comer nada errado no almoço e jantar, começava a dar sinais de cansaço ao longo do caminho. O garoto da sorveteria estava certo: muitas subidas e uma descida insana.

Paramos em Lagoinha para almoçar em um restaurante muito bom, por R$20, comemos à vontade, comida muito boa. Almoçamos e partimos para Cunha!

Acabamos pegando uma subida a mais na cidade, com uma inclinação absurdamente alta, mas descobrimos que era uma via sem saída. Nessa altura da viagem, já estávamos acostumados com tantos desafios e retomamos o roteiro.

Quando chegamos em Cunha, eu quase chorei: mano, a cidade só tem morro! Fomos logo para um dos pontos mais altos: a igreja Matriz. Cada parede para subir que só indo lá para entender. Lógico que a pousada que arrumamos fica lá pra baixo, kkkk.

Descemos tudo o que subimos e nos hospedamos na Pousada Vila Rica. Precisamos ficar esperando umas duas horas porque a pessoa responsável, Seu Eduardo, não estava lá. Aparentemente, em dias de semana, as hospedagens não ficam muito movimentadas.

Depois de tudo resolvido, nos instalamos e, novamente, o ritual de sempre. A pousada é muito boa e cheia de gatos (felinos, antes que alguém pense coisa errada).

Depois do banho, fomos jantar e adivinha: os restaurantes ficam perto da igreja, ou seja, subir tudo aquilo a pé, quase que eu desisto, haha. Dessa vez, jantamos algo diferente de pizza. Ufa! Voltamos para a pousada e, no dia seguinte, iríamos para Aparecida.

Quinto dia: De Cunha até Aparecida

Seguimos em direção a Aparecida. Notei que nossa pousada em Cunha era bem próxima da rodovia e quase matei o Hilton e o Ricardo, pois fizemos um monte de subidas desnecessárias no dia anterior, kkkk.

O trajeto até Aparecida era passando por trechos da Estrada Real e fazendo uma descida da serra do mar incrível (600m de descida). No meio da descida, encontramos o Seu Luiz Bettoni, que é responsável pela ONG Reflorestar é Viver, que cuida de um mirante na serra. Quem quiser ajudar, o Instagram é @reflorestareviver_br.

Nosso combinado era ir até Aparecida e voltar de ônibus para São Paulo. Caso estivéssemos bem, voltaríamos de bike para São José dos Campos e seguiríamos até Mogi das Cruzes. Falei para meus amigos para eles continuarem, que eu voltaria de ônibus de Aparecida. Mas esses doidos disseram que se eu voltasse de ônibus, eles voltariam juntos. Tudo maluco, rsrs!

Foi quando eu disse: “Tá bom, vamos tentar e se eu não aguentar, eu falo para vocês”.

Lá fomos nós rumo a Aparecida. Trajeto muito bom. Porém, a essa altura, o grande problema para mim eram as subidas. Todas pareciam pico do Jaraguá, mesmo as menores. Mas, com a ajuda e incentivo dos amigos, lá fui eu. E chegamos em Aparecida!

Muito agradecimento por ter chegado lá são e salvo e aquela emoção que só sabe quem fez. É uma energia que cada um sente do seu jeito.

Depois de visitar a basílica, almoçar em sua praça de alimentação e tirar fotos, fomos atrás de pousada. Tudo isso pelo celular. Achamos umas lá perto mesmo, ligamos e fomos para lá.

Nos hospedamos no Recanto da Madá e ritual de sempre. Mas, nessa houve um diferencial: tinha uma piscina e, lógico, mergulhei nela! Minhas pernas agradeceram. Fez uma diferença. Depois: pizza, rsrs, e dormir.

Sexto dia: De  Aparecida até São José dos Campos

Foram 109 km de Aparecida até São José dos Campos e confesso que não sabia se aguentaria. Mas, como disse, com a ajuda, incentivo e brincadeira dos amigos, lá fomos nós. Gente, eu fiquei surpreso em como somos capazes com incentivo e força de vontade. Claro que todos os cuidados que já cansei de falar com hidratação e alimentação.

Saímos às 8h de Aparecida e chegamos às 15h em São José dos Campos. Eu não acreditava no que tinha acontecido. Apesar do cansaço acumulado, fizemos uma média excelente. Foi um “longão regenerativo”.

O interessante é que este caminho evita rodovias e tem um ganho de elevação bem tranquilo. Bora dormir, jantar, pizza, etc. e descansar para o último dia.

Pra variar, lógico que eu estava preocupado se conseguiria. O que complica é o acúmulo de dias.

Sétimo dia: De São José dos Campos até Mogi das Cruzes

Rumo a Mogi das Cruzes, fizemos a maior parte do trajeto pelo asfalto para facilitar minha vida, rsrs. Obrigado, meus amigos! A parte de terra estava pesada devido a muitas pedras soltas e areia. Isso deixava a pilotagem até perigosa. A parte do asfalto, por outro lado, era bem tranquila.

Os quatro amigos, Arnaldo, Hilton, Ricardo e Luiz, foram destemidos ao realizarem esta cicloviagem de 470 km pelo interior de São Paulo. Eles enfrentaram muitos desafios, como subidas íngremes, estradas de terra e até mesmo mau tempo. Mas, com determinação e força de vontade, eles conseguiram completar o percurso.

Essa aventura é um exemplo de como o ciclismo pode ser uma atividade desafiadora e gratificante. É uma ótima maneira de explorar novos lugares, fazer amigos e melhorar a saúde.

E, ao compartilhar a nossa história, é uma forma de incentivar mais ciclistas a fazerem esse tipo de cicloviagem. Isso mostra que, com planejamento e preparação, qualquer pessoa pode realizar esse desafio.

Se você está pensando em fazer uma cicloviagem, não tenha medo de encarar os desafios. Com determinação, você poderá superar qualquer obstáculo e viver uma experiência inesquecível.

Queridas esposas e familiares,

Nós, Arnaldo, Hilton, Ricardo e Luiz, queremos agradecer o apoio e o incentivo de vocês durante toda a nossa cicloviagem de 470 km pelo interior de São Paulo.

Sabíamos que essa jornada seria desafiadora, mas vocês sempre estiveram ao nosso lado, nos incentivando e nos dando forças para continuar.

Só mesmo quem já fez uma cicloviagem sabe o quanto é importante ter o apoio de quem a gente ama. Vocês nos ajudaram a superar os momentos difíceis, a comemorar as vitórias e a fazer dessa experiência uma memória inesquecível.

Obrigado por estarem sempre ao nosso lado, por acreditarem em nós e por nos fazerem sentir amados.

Com carinho,

Arnaldo, Hilton, Ricardo e Luiz

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